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Paraná

Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro, é alvo de operação que apura lavagem de dinheiro

A investigação apura os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção para facilitar negócios no ramo de energia eólica.

A Justiça do Paraná cumpriu nesta quarta-feira (16) oito mandados de busca e apreensão no escritório do deputado federal Ricardo Barros (Progressistas), atual líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados e ex-ministro da Saúde, durante o governo Michel Temer.

Segundo o Ministério Público do Paraná, a operação refere-se a supostas fraudes em contratos celebrados pelo governo estadual paranaense na área de energia eólica, supostamente registados entre 2011 e 2014, nas quais o Ricardo teria participado.

Ao todo foram expedidos oito mandados de busca e apreensão, cumpridos nas cidades de Maringá, Curitiba e Paiçandu, no Paraná, e na cidade de São Paulo.

Barros, cujos escritórios no estado do Paraná foram alvo das buscas realizadas pelas autoridades da polícia, trabalhava na época como secretário de Indústria e Comércio do governo brasileiro e, suspeita-se, teria intervindo diretamente nos negócios investigados.

O Ministério Público do Paraná esclareceu que a investigação se baseia num acordo de colaboração judicial firmado por ex-diretores da empresa Galvão Engenharia, no âmbito da Operação Lava Jato, que acusaram Barros de receber 5 milhões de reais  em subornos para facilitar os negócios suspeitos.

Os investigadores do Paraná querem saber a relação entre Delmo Vilhena, empresário do ramo de energia eólica, que também é investigado na operação, com Ricardo Barros e a esposa dele, Cida Borghetti, ex- governadora do Paraná.

A ação foi realizada pelo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e contou com a ajuda da ajuda da Polícia Civil.

Em nota divulgada após ser informado sobre a ação policial, o deputado garantiu que está “tranquilo” e ofereceu “total colaboração com as investigações”. Barros destacou a sua “conduta livre de suspeitas” e informou que solicitou “acesso ao processo para poder prestar maiores esclarecimentos à sociedade e iniciar a sua defesa”.

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