Servidores municipais dos três departamentos que trabalham com saúde mental (CAPs2 – CAPs-AD e Ambulatório de Saúde Mental) participam nesta sexta-feira (10), de uma palestra sobre prevenção ao suicídio.
A data é dedicada em todo o país desde 2014 para tratar desse tema pela campanha “Setembro Amarelo”. O palestrante foi o professor e psicólogo Frank Duarte.
“Nossa proposta é cuidar de quem cuida”, disse a coordenadora da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, Suelen Lima. Ela acrescenta que esses serviços não pararam durante a pandemia. “Hoje esses três serviços atendem cerca de 700 pessoas”, ressaltou a coordenadora. A equipe de trabalho é formada por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas, enfermeiras, entre outros.
O psicólogo Frank Duarte ressalta que falar sobre o assunto é importante porque muitas pessoas estão vendo no suicídio a única forma de aliviar uma dor.
“Quem comete suicídio não quer morrer, quer aliviar uma dor. Essa dor não tem escala. Dizer para a pessoa que você superou situações muito mais difíceis ou que não passa de frescura ou preguiça o que ela sente é muito pior, faz aumentar ainda mais a dor”, orienta.
Embora nem só a depressão leve a pessoa ao suicídio, o psicólogo enfatiza que quem sofre dessa doença tem visão negativa de si, da sociedade e do mundo. “Ninguém, em depressão crônica, tem forças para cometer o suicídio. Em grande parte da população a depressão faz com que ela desenvolva a visão negativa até chegar a tentar o suicídio”, pondera.
O Setembro Amarelo é uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina. Segundo a associação, são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil, principalmente entre os jovens.
Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Com Assessoria