A Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira, 27, a proposta que coloca na Constituição o financiamento empresarial para campanhas e partidos políticos.
A aprovação foi uma manobra do presidente da casa, Eduardo Cunha, e do PMDB já que na terça-feira, 26, uma outra proposta como esta havia sido rejeitada. Essa manobra foi uma quebra de acordo entre o presidente da casa e as lideranças partidárias, já que Cunha esperava uma vitória tranquila sobre o tema.
Com apoio da oposição, a proposta foi aprovada por 330 a 141, ou seja, 22 votos a mais do que o necessário para uma mudança na Constituição.
Agora a proposta terá que ser votada em segundo turno e também pelo Senado Federal.
O financiamento empresarial de partidos é o berço da corrupção, aprofunda o famoso “toma lá, dá cá” e ainda deixa as campanhas eleitorais ainda mais presas ao poder econômico, enfraquecendo a democracia e a participação popular.