Nesta quinta-feira (30) o Comitê de Volta às Aulas do Paraná, formado por representantes de secretarias do governo do Paraná, além da Educação, Casa Civil e Planejamento, em reunião online estabeleceu os protocolos da volta às aulas presenciais.
O protocolo trouxe, além das medidas de segurança sanitária e pedagógicas, detalhes sobre deverá funcionar o retorno das atividades presenciais que terão rodízio semanal com o ensino remoto, já a partir do mês de setembro, mas ainda sem o dia definido. O protocolo ainda estabelece a participação dos pais e/ou responsáveis em uma consulta sobre o modelo que poderão optar por não mandar o estudante para a escola.
Veja os principais pontos do protocolo:
VOLTA GRADUAL
Quando a data for definida pela Secretaria da Saúde o protocolo prevê um retorno gradual, por faixa etária, na seguinte ordem:
• Estudantes do 3º ano do Ensino Médio e 9º ano do Ensino Fundamental
• Estudantes do Ensino Médio
• Estudantes do Ensino Fundamental I e II
• Estudantes da Educação Infantil.
HORÁRIOS
Já os horários de entrada e saída, e intervalo/recreio devem ser redefinidos e intercalados, de modo a evitar a aglomeração de pessoas e a circulação simultânea de grande número de alunos, nas áreas comuns e nos arredores do estabelecimento.
MODELO HÍBRIDO E ESCALONADO
O ensino híbrido será adotado. As aulas remotas permanecem diariamente e as aulas presenciais ocorrerão de forma escalonada. Para isso, os estudantes serão divididos em grupos, que farão revezamento, permanecendo por uma semana em aulas presenciais e por uma semana em aulas remotas (on-line).
PROTOCOLO SANITÁRIO
O protocolo também prevê um distanciamento de 1,5m em todos os espaços, incluindo na sala de aula. Será feita também a aferição de temperatura de todos que adentrarem a escola, tendo como limite 37º.
ALERTA E PREOCUPAÇÃO
Recentemente a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou manual para volta às aulas, mas alerta que novos casos de coronavírus pode levar a novas suspensões, de acordo com o estudo o retorno da atividade escolar, que vem sendo anunciado de forma gradativa por vários estados e municípios, coloca os estudantes em potenciais situações de contágio. Mesmo que escolas, colégios e universidades adotem as medidas de segurança (e elas sejam cumpridas à risca), o transporte público e a falta de controle sobre o comportamento de adolescentes e crianças que andam sozinhos fora de casa representam potenciais situações de contaminação por Covid-19 para esses estudantes. O problema é que, se forem contaminados, esses jovens poderão levar o vírus para dentro de casa e infectar parentes de todas as idades que tenham doenças crônicas e outras condições de vulnerabilidade à Covid-19, representando uma brecha perigosa no isolamento social que essas pessoas mantinham até agora.