A notícia de que Xuxa, a “Rainha dos Baixinhos”, foi dispensada da Rede Globo após quase 30 anos de vinculo pegou muita gente de surpresa nesta semana.
No entanto, a demissão de Xuxa, assim como o corte de custos do programa de Jô Soares são apenas sinais dos tempos de um mídia monopolizadora cada vez ficando mais fraca. E a internet tem grande papel neste enfraquecimento.
Vale ressaltar, porém, que este é apenas o início do processo e portanto, as grandes mídias ainda detém um enorme poder de influenciar grande número de pessoas.
Porém, o enorme monopólio que a Globo detinha, que lhe permitia manter artistas de grande nome com altos salários apenas com o intuito de não deixar que fossem para a “concorrência” está ruindo.
A Globo sempre usou dessa estratégia: comprava filmes e séries e não as passava. Comprava direitos de campeonatos esportivos e não os transmitia. O fazia para manter o seu arsenal e impedir que as outras emissoras o transmitissem.
Mas a internet vem mudando isso e a Globo vem a cada dia batendo recordes de audiência negativa e como sobrevive de verbas publicitárias, a tendência apontada pelo “mercado” que tanta a emissora defende é de que essas receitas tendem a minguar e assim a única maneira de tentar sobreviver neste mundo cruel é cortar custos.
Existem estudiosos que dizem que em mais algumas décadas não teremos a televisão como a conhecemos hoje. Cada vez mais as verbas publicitárias estão sendo alocadas na internet, um espaço mais pulverizado em que a Globo não manterá o monopólio construído principalmente no período de Ditadura Militar.
Anteriormente a Xuxa e a Jô Soares, a Fórmula 1, que já havia sido uma das grandes audiências da televisão perdeu espaço na grade aberta e foi parar na televisão paga, principalmente os treinos de sábado, que foram reduzidos a poucos minutos.
E a tendência para os próximos anos é cada vez mais as verbas publicitárias migrarem da televisão para a internet e os grandes conglomerados cortarem custos.