Mosquito Aedes aegypti. Foto: Pedro Ribas/ANPr
O Levantamento de Índice Rápido (LIRA) realizado na semana passada pela Secretaria Municipal de Saúde constatou que a taxa de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é de 9,72% no município. O índice é considerado de alto risco.
Das 44 localidades pesquisadas, em 36 o índice está acima de 4 por cento. Em apenas três regiões na área central o índice foi zero.
“São índices altíssimos, considerando a infestação de setembro que foi de 2,08 por cento. A maioria dos focos está nas residências, o que demonstra o descaso da população com esse grave problema que a gente enfrenta todos os anos. O alerta é o de sempre: se a população não colaborar, o poder público não dá conta”, adverte a coordenadora do trabalho de campo, Marinalva Ferreira da Luz.
De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é que este número esteja abaixo de 1%. O índice de infestação é obtido a partir dos resultados das amostras analisadas em laboratório e serve de base para o trabalho de combate ao mosquito.
As localidades com maior índice de infestação são os jardins Modelo (25,64%), Tropical/América (20,83%) e Indianapolis (20,00%). Dos 1.585 imóveis verificados, foram encontrados focos do mosquito em 154, sendo mais de 80% dos focos em residências, a maioria no lixo reciclável nos quintais.
As equipes de combate à dengue estão concentradas nas áreas de maior índice de infestação, eliminando focos e levando orientações aos moradores. “Todos já sabem que o tempo chuvoso e quente é o mais propício para a proliferação do mosquito. Mas não adianta saber e não agir”, reforça Marinalva, ao lembrar que contribuir para proliferação de doenças pode render processo criminal ao infrator.
