Nesta segunda-feira, durante o desfile de 7 de setembro em Campo Mourão, um grupo desfilou com faixas diferentes das tradicionais na cidade. O grupo, que se autodenomina Feminismo Marxista, realizou uma ocupação pelas ruas da cidade para levar sua voz e grito por uma sociedade sem opressões machistas.
Segundo uma das idealizadoras, Cristiane Ramos, a ocupação foi o primeiro ato do grupo para dar visibilidade à luta feminista. “Decidimos levar a conhecimento público que estamos nos organizando. Levamos nos cartazes os recortes de classe, raça e gênero e isso tem um significado, pois nos identifica como marxistas”, explica.
A ocupação é importante para Campo Mourão? Muito. É a partir da visibilidade que as pessoas passam a conhecer, reunir e discutir diversos assuntos. E o feminismo é outro deles. É fundamental que nossa sociedade possa conhecer mais para entender que a luta é muito mais do que justa.
Sobre ser marxista, Cristiane explica que se difere do feminismo das mulheres burguesas. “Feminismo classista é aquele que faz a luta junto aos trabalhadores”, completa. O grupo está em fase de estruturação, mas em breve outras ações serão realizadas para combater as opressões de gênero. Elas se encontram quinzenalmente para realizar estudos sobre marxismos e pretendem realizar um debate com mulheres de várias vertentes. “Isso será enriquecedor para as mulheres”, assegura.
Quer conhecer mais sobre feminismo e, mais especificamente, sobre o feminismo marxista? É uma ótima oportunidade para estudar o assunto e ser mais participativo nas decisões e políticas públicas para as mulheres na cidade, já que, aqui, esse assunto ainda é fraco.