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Coluna do Austin Andrade

Coluna do Austin Andrade: O político das Causas Próprias

Brasília- DF- Brasil- 09/02/2015-  Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, preside sessão extraordinária para votar o projeto de lei da biodiversidade. A PEC do Orçamento Impositivo deve ser votada em segundo turno (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Ao longo da história somos brindados por tipos que fingem ser uma coisa, mas na prática se portam de maneira diferente. Seja aquele jogador que jura amor por um time, mas na vida real sai correndo em busca de ares melhores ao menor sinal de um contrato mais vantajoso, vide o caso Guerrero/Corinthians/Flamengo, seja aquele político que se elege usando a estrutura de um partido, e em seguida troca de sigla (ou funda outra) buscando maior benesse e consequentemente poder.

Menos mal que isso não seja uma regra no jogo capitalista, vide o caso Tevez/Juventus/Boca Juniors, na qual o jogador argentino, no auge da carreira, troca o clube italiano por seu time do coração, ato que o fez perder (literalmente) um caminhão de dinheiro.

Na política é ainda mais comum encontrarmos casos em que a dialética não conduz com as práticas. O caso mais emblemático e patético da atualidade pode ser visto no deputado Eduardo Cunha. Um senhor que claramente tem avesso ao jogo democrático.

Nessa semana que passou, ao anunciar o rompimento com o governo do PT, o nobre deputado fez na verdade um favor a toda base aliada. Com seu discurso que paira o nazi fascismo, constantemente carregado de ódio e preconceito, onde a regra da democracia é constantemente assaltada e vilipendiada, ele consegue nos remeter aos “áureos” tempos do coronelismo tacanho, que tanto prejudicou e ainda prejudica o Brasil. Pois… não é que nosso sobre deputado é suspeito de receber propina de cinco milhões de dólares?

Todos tem direito a defesa, todos são inocentes até que se prove ao contrário. Mas é cômico vermos que o ataque a todo custo, a acusação sem se importar com a defesa, sem se importar em uma eventual injustiça, armas que Eduardo Cunha usou e abusou nos últimos meses, agora é voltada contra ele. O acusado agora é ele.

De forma patética, ingênua e engraçada, ele tenta desviar o foco da atenção se fazendo de vitima, se dizendo um perseguido. Estranho, porque se formos seguir a linha de raciocínio desse senhor, o PT estaria bancando investigações contra o próprio partido, prendendo e acusando seus próprios membros.

Não vou dizer que ele é culpado, mas também não vou dizer que é inocente, o próprio passado e as ações da atualidade já condenam esse senhor, que claramente persegue o poder como um felino faminto persegue sua presa. Se ele é culpado ou não, o tempo e a justiça dirão, uma coisa é certa. No Brasil do século XXI não cabe mais personagens caricatos como ele. Carlos Lacerda está morto e sepultado, seu modo de vida e sua imbecilidade em perseguir o poder e querer controlar todo um aparato público com mãos de ferro, colocando seus interesses individuais acima do bem coletivo, felizmente não cabem mais. Que Eduardo Cunha descubra isso pagando pelo seus atos.

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