O Conselho Municipal de Saúde de Campo Mourão (COMUS) publicou na tarde desta quinta-feira (25) uma Carta Aberta intitulada “É hora de cuidar do essencial” direcionada à população, governantes e empresários mourãoenses a fim de intensificar o combate à pandemia da covid-19. No documento o órgão emite 10 recomendações que podem ajudar a evitar o colapso na rede de saúde.
A Carta pretende alertar e convocar toda a sociedade para o que o COMUS vem denominando de “pacto” pela vida e contra o avanço do vírus.
“Neste momento, nós do Conselho de Saúde queremos propor um pacto, dos profissionais de saúde, governos, empresas e sociedade civil, a fim de intensificar o combate à pandemia e encontrar soluções para o coletivo” diz o documento.
As medidas, recomendadas, passam pela capacidade de aumento da testagem; o monitoramento de casos confirmados e suspeitos; a mudança nas recomendações das autoridades sanitárias; o adiamento da volta às aulas; a ampliação do horário do toque de recolher; a alternância dos horários de atendimento do comércio; a comunicação de risco, além da elaboração de um plano de enfrentamento regional contendo organização do fluxo de moradores.
Para a presidente do Conselho, a sanitarista Lenilda de Assis, o atual contexto configura situação de excepcionalidade.
“É necessário manter e ampliar o isolamento social para achatar a curva de evolução da doença e evitar que pessoas contaminadas precisem ser hospitalizadas de referência covid-19, que já estão, inclusive, sem leitos disponíveis”.
A atenção básica seria um dos pilares no combate a pandemia, com sua estrutura capilar e proximidade com os usuários, fornece o campo ideal para a vigilância ativa. Lenilda aponta que a atenção primária é pouco valorizada em seu papel na vigilância dos casos de covid-19. “A atenção primária tem, capacidade diagnóstica e logística para monitoramento da pandemia.”
Ela ainda lembrou o caráter flexível da vigilância. “A vigilância exige uma atuação que precisa ir se revendo e ajustando de acordo com as experiências ao longo da pandemia”, afirmou. “Precisamos ter um alinhamento entre uma estratégia de testagem de sintomáticos, isolamento destes e das pessoas da família”, argumentou.
Segundo Lenilda uma pauta essencial no momento é a discussão de protocolos de convivência, especialmente para a volta às aulas. “Esta claro que temos uma geração prejudicada no seu tempo de escolaridade. Precisamos discutir o problema de maneira aberta. É necessária uma política de testagem para que possamos identificar qual o momento de abrir as escolas. No entanto, temos tido processos muito erráticos, não nos parece seguro permitir o retorno neste momento”, comentou.
A solução para crise orienta o documento, passa, portanto pela união do coletivo, sendo a busca ativa de casos item fundamental para a detecção precoce dos doentes e a tomada de medidas preventivas contra a disseminação do vírus, principalmente entre aqueles que apresentam sintomas mais brandos.
Com Assessoria