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Estudantes da Unespar em Paranaguá e União da Vitória votam pela desocupação

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O movimento de ocupação dos estudantes da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) dos campi de Paranaguá e União da Vitória decidiu pelo fim do movimento. As deliberações são resultado do diálogo entre a gestão da universidade com o movimento. Com isso, as atividades das unidades voltam a operar normalmente.
O reitor, professor Antonio Carlos Aleixo, salienta fundamental a prática de esgotar todas as formas de diálogo, antes de apelar para medidas judiciais. “Essa prática evidencia a coerência com a história da Unespar, que se caracteriza pela participação, respeito às decisões colegiadas e por políticas inclusivas”, afirma.
A reitoria propôs ainda que o Conselho de Campus das unidades ocupadas debatessem o assunto. “A nossa preocupação é respeitar a decisão de cada campus que é a instância capaz de avaliar a situação local. Por isso, sugerimos que os conselheiros se manifestassem e a maioria reconheceu a legitimidade do movimento”, cita Aleixo.
Uma pauta unânime dos estudantes é a liberação de mais verba para o custeio da universidade e o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, se comprometeu em repassar, ainda este ano, R$ 3 milhões para o orçamento da Unespar.
Campus de Paranaguá
O campus de Paranaguá que ficou ocupado por 44 dias já retomou as atividades no sábado, 26. Em nota pública, os estudantes destacaram que a “luta e resistência é para evidenciar o descaso com a educação e com as universidades públicas do Paraná”.
Além disso, expuseram que o “Movimento Ocupa Unespar do campus de Paranaguá coloca como fator principal o sucateamento do campus, campus esse que não promove nenhuma condição digna para a comunidade acadêmica”.
A decisão pela desocupação ocorreu após negociação realizada em reunião na quinta-feira, 24. O pró-reitor de Gestão de Pessoas, professor Sydnei Kempa, esteve com os estudantes representando a reitoria. Na ocasião, foram tratadas as pautas específicas sobre a estrutura do campus e assinado um termo de compromisso.
Os estudantes apresentaram como emergenciais a necessidade de reforma da parte externa do forro do bloco C, troca dos bebedouros, limpeza geral e dos entulhos do campus. Como ressaltado, “a sujeira não concerne ao movimento de ocupação e sim da responsabilidade da administração local do campus”. Assim, sugeriram a compra de uma lavadora de alta pressão para auxiliar na limpeza e também pediram apoio para que a reitoria auxilie no diálogo com as autoridades municipais e estaduais para a garantia do transporte aos alunos do município de Antonina.
Já as pautas de médio prazo são o término da reforma do bloco A e do auditório do bloco C, bem como a participação discente na elaboração do edital de licitação da cantina.
Campus de União da Vitória
Os atendimentos e atividades do campus de União da Vitória regularizam a partir desta segunda-feira, 28. Resultado do constante diálogo entre a direção do campus e o movimento, algumas atividades administrativas funcionavam parcialmente e na terça-feira, 23, os setores passaram a operar integralmente.
Antes de definir pelo fim da ocupação, o movimento estudantil dialogou com a direção e reitoria quando apresentou as reivindicações. Referente à reestruturação do campus, os estudantes pedem a manutenção dos laboratórios, término do bloco novo, implantação de elevador e melhorias na brinquedoteca.
O diretor, Valderlei Garcias Sanches, informou que as solicitações já estão previstas e serão contempladas assim que liberado o recurso de R$ 1,5 milhão previsto ao campus a partir de emendas parlamentares.
Os estudantes querem que a universidade trate sobre a adesão ao sistema de cotas sociais e raciais para o ingresso na instituição e que efetue um maior enfrentamento ao preconceito dentro da universidade, principalmente ao racismo, machismo e homofobia.
O reitor argumentou que há uma preocupação da gestão em promover debates sobre políticas de ações afirmativas. Portanto, os assuntos citados pelos estudantes ganharão maior atenção a partir do próximo ano e possibilitarão tomar providências efetivas, principalmente, no enfrentamento a preconceitos e violências.
Sanches se comprometeu ainda a reestruturar a Divisão de Assuntos Estudantis do campus com a indicação de responsável para atender as demandas dos acadêmicos. Além disso, outra pauta foi que se discuta a possibilidade de implantação de restaurante universitário para o campus.
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