O fim de semana foi de trabalho intenso para a equipe responsável pela fiscalização que trabalha para garantir o cumprimento do decreto municipal de enfrentamento ao Covid-19. Mais de 400 denúncias chegaram pelo telefone 156 (Ouvidoria) e também pelo aplicativo de mensagens.
Segundo o coordenador da equipe de Fiscalização, Fernando Dias, no total foram aplicadas 46 multas a pessoas físicas por consumo de bebida alcoólica em vias públicas, festas em edículas, falta de uso de máscara e desrespeito ao horário do toque de recolher. Outras 9 multas foram aplicadas a pessoas jurídicas por promover aglomeração, desobediência a horário de fechamento, entre outras situações de descumprimento do decreto.
“Mais uma vez orientamos que denúncias devem ser baseadas em fatos concretos, inclusive informando o endereço. A fiscalização não faz investigação. Atendemos várias situações denunciadas principalmente no sábado onde a reunião era do núcleo familiar que mora no imóvel. Isso nos faz perder tempo e combustível de veículos”, observa o coordenador.
Ele também destacou a importância do apoio da Polícia Militar para o êxito do trabalho. “Se não fosse a PM não conseguiríamos efetuar essas multas pela dificuldade de entrar em alguns locais, onde as pessoas oferecem resistência. Por estamos numa situação de pandemia as autoridades não necessitam de mandado judicial para entrar, mesmo em espaço privado”, ressalta Fernando, que é advogado.
O secretário municipal de Saúde, Sérgio Henrique dos Santos, lamentou a falta de consciência e o desrespeito de muitas pessoas em relação ao grave problema da doença. “É um absurdo o poder público ter que gastar dinheiro com combustível, pagar funcionário para trabalhar de madrugada por conta da irresponsabilidade dessas pessoas”, disse.
Ele lembra que as vagas de UTI e até de enfermaria da Santa Casa para o atendimento de pacientes contaminados se esgotaram e todo dia surgem novos casos. “Enquanto o poder público adota medidas de prevenção, os profissionais de saúde se desdobram e se arriscam para salvar vidas, temos uma parcela da sociedade que não está nem aí e pior que isso, colaborando para que a situação fique ainda pior”, completou o secretário.