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Número de presos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio aumenta 36,4% no Paraná

Há 2.225 inscritos nesta edição. São 594 a mais que o ano anterior. O acesso ao ensino superior por meio do exame é o principal motivador para as pessoas privadas de liberdade.

Penitenciária Central do Estado. Estudo. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Neste ano, 2.225 presos do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) se inscreveram para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio Para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem-PPL), promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). São 594 a mais que o ano anterior – aumento de 36,41%. A prova está prevista para os dias 9 e 16 de janeiro de 2022.

A coordenadora do Setor de Educação e Capacitação do Depen, Irecilse Drongek, destaca que, além do Deppen ter assumido a gestão dos presos em cadeia pública, foi concentrado muito empenho na questão dos detentos concluírem o ensino médio, uma exigência para que a pessoa possa a fazer Enem.

“Isso alimenta a perspectiva de mudança às pessoas privadas de liberdade após o cumprimento de pena”, disse.

“O exame possibilita ao preso ingressar no ensino superior e isso tem sido um grande motivador para aqueles que não teriam essa condição se não fosse pelo Enem PPL. Já somos exemplos para outros estados e é um estímulo para que outros presos façam o Enem”, afirmou Irecilse.

Atualmente, o Paraná tem 70 detentos cursando o ensino superior, de forma presencial ou a distância.

Provas

As provas do Enem-PPL são as mesmas do Enem regular, mas aplicadas nas unidades prisionais. O exame, que tem participação voluntária e gratuita dos privados de liberdade, é constituído de redação em Língua Portuguesa e mais quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha.

Segundo a coordenadora do Setor de Educação do Deppen, o trabalho de conscientização e também da ampliação de projetos nesta área foram essenciais para o crescimento do número de inscritos neste ano, comparando com a última edição.

“Seguimos com os projetos de educação em desenvolvimento, mesmo com a pandemia. Os professores se dedicaram a entregar materiais para que os presos pudessem estudar para o Enem”, contou.

DADOS – A regional que teve o maior número de PPL inscritos no Enem foi a de Curitiba e Região Metropolitana, com 696 presos. Na sequência estão Londrina (443), Maringá e Cruzeiro do Oeste (357), Ponta Grossa (215), Foz do Iguaçu (196), Cascavel (163) e Francisco Beltrão e Guarapuava (155).

A unidade com mais inscritos foi a Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II), com 132 presos. Em seguida, se destacam a Penitenciária Feminina do Paraná (PFP), localizada em Piraquara, e a Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), ambas com 99 inscritos.

Ensino Superior

Dos 70 presos que atualmente cursam o ensino superior, 30 ingressaram por meio da nota do Enem-PPL, via Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). As instituições de ensino que mais têm alunos do sistema prisional são a Faculdade Claretiano (12) e a Universidade Estadual de Londrina (7). Os cursos mais comuns são de Administração (4), Educação Física (4), Direito (3) e Letras (2).

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

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