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Paraná está há quase 4 meses com ocupação de leitos de UTI acima de 90%, mesmo com ampliação de novas vagas

A oferta de leitos foi ampliada em 62%, desde o mês de fevereiro, mas isso não foi suficiente para evitar recordes de pacientes na fila por um leito de UTI.

O Paraná registra desde o dia 21 de fevereiro taxas sempre superiores a 90% de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para covid-19. São quase quatro meses, sem exceção. 

Os altos índices de pessoas internadas ocorreram mesmo diante de um aumento de 62% na oferta de vagas, já que, no mesmo período, houve 75% de aumento no número de doentes internados.

A última vez em que o Paraná teve menos de 90% de ocupação das UTIs foi em 20 de fevereiro de 2021. Nesse dia, havia 1.226 vagas de terapia intensiva disponíveis, das quais 1.083 estavam sendo utilizadas. Isso representa 88% do total.

Na terça-feira (15), de acordo com o boletim mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), havia 1.990 leitos e, desse total, 96% estavam ocupados. Isso significa que foram abertas cerca de 764 novas vagas em quase quatro meses.

No entanto, mesmo com a ampliação da rede de saúde, o estado tem batido recordes de pessoas na fila por uma vaga de UTI. Na manhã desta quarta-feira (16), havia 506 pessoas esperando vagas em UTIs. No dia 21 de fevereiro eram 84 pacientes. 

Ou seja, mesmo com 764 pacientes a mais atendidos em leitos de UTI para covid-19 em relação a fevereiro, o Paraná tem agora uma fila de espera multiplicada por seis, 502% a mais. 

Quando a ocupação de UTIs passa de 90% e há fila de espera, é o colapso hospitalar. Em vez de frear a transmissão e reduzir a demanda por hospitais, o governador Ratinho Junior (PSD) fez uma opção pelo colapso continuado. 

De acordo com a Sesa, apesar de a ocupação de leitos ser menor que 100%, existe fila nas UTIs porque as vagas remanescentes, que compõem o percentual, geralmente já estão reservadas para doentes graves. 

Nesta situação, deixa de ser relevante reportar se a taxa de leitos ocupados oscilou acima de 90% por questões técnicas, nunca baterá 100%, o relevante é saber se há pacientes aguardando em fila.

E quando a taxa de ocupação de UTIs supera 100%, mesmo com fila de espera, significa que, infelizmente, mais paranaenses farão parte da estatística da mortalidade da pandemia.

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