O Governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), encaminhou nesta segunda-feira (21) para a Assembleia Legislativa o projeto, com com pedido de urgência, para privatizar a Companhia Paranaense de Energia (Copel). O anúncio da privatização ocorre pouco mais de 40 dias após Ratinho ser reeleito em primeiro turno para mais quatro anos de governo.
Criada em 1954, a Copel é a maior empresa do Estado, atendendo 5 milhões de unidades consumidoras em 394 municípios. Atualmente, o governo do Paraná detém 69,7% das ações com direito a voto na estatal de energia, o equivalente a 31,1% do capital social total.
De acordo com o Executivo, “nenhum acionista ou grupo de acionistas poderá exercer votos em número superior a 10% da quantidade do total de votos”
A privatização da Copel, além de precisar do aval dos deputados, também precisará obrigatoriamente passar pelo controle [autorização] Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE).
O Governo de Ratinho já vendeu a Copel Telecom, subsidiária da Copel do setor de telecomunicações. E, recentemente, anunciou a venda de uma usina em Araucária. Esta é a maior tentativa de privatização da Copel desde o governo Jaime Lerner, há pouco mais de duas décadas.