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Sindicato dos Bancários realizam ato contra demissões e fechamento de agência do Banco do Brasil

Trabalhadores do Banco do Brasil de todo o país realizaram na sexta-feira (15) o “Dia Nacional de Luta”. A ação foi motivada pelas medidas denominadas de “reestruturação”, anunciadas na última segunda (11), pelo Governo Federal.

Entre as medidas, estão a demissão de 5 mil funcionários, via planos de demissão voluntária, fechamento de agências, transformação de agências em postos de atendimento e a extinção da função e redução de salários de mais de 4,5 mil caixas.

O Sindicato dos Bancários de Campo Mourão participou da mobilização organizando retardamento da abertura de agências, realizando reuniões nos locais de trabalho e divulgando uma Carta Aberta à População.

Segundo Luiz Marcelo Legnani, diretor do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e funcionário do Banco do Brasil, “os funcionários do BB participaram ativamente das mobilizações, pois já perceberam que, se não houver resistência, essas e outras medidas serão implantadas, com a finalidade de preparar o banco para a privatização, contrariando todos os interesses do país”.

Marcelo também informou que a próxima atividade será a realização de uma Plenária, na próxima segunda-feira (18) através de videoconferência, para a elaboração de uma plano de lutas. Segundo Legnani, os detalhes para a participação da Plenária serão divulgados pelos sindicatos assim que possível.

O Banco do Brasil tem mais de 200 anos de história e de serviços ao país, sendo responsável por mais de 60% do crédito para a agricultura, além das dezenas de outras linhas de crédito que contribuem para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Com essa medida, o governo ressalta uma economia liquida de R$ 353 milhões em 2021, sendo que o banco lucra mais de R$ 1 bilhão/mês. Entre os anos de 2016 a 2020 já foram reduzidos mais de 17 mil funcionários das agências do BB.

Segundo Nivalda Sguissardi presidente do Sindicato, o esvaziamento do banco comprometem a função pública da instituição. “Em Campo Mourão vamos perder uma agência lucrativa, e que em nada justifica seu fechamento. Não está correto expulsar a população das agências. O cliente é que deve escolher  a forma  de atendimento.”

Posição do Governo 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, viu o projeto de fechar agências e criar um programa de demissão voluntária como fator de desgaste do governo, que enfrenta a disputa política pelo comando da Câmara dos Deputados.

Embora a iniciativa tenha partido do próprio governo e tenha sido bem vista por forças do mercado a favor da privatização e redução do BB. Segundo informações da Secom, Bolsonaro quer que o projeto de redução do banco seja adiado para depois de fevereiro, mês em que a eleição para a presidência das casas congressuais ocorre.

O fechamento ou não de agência será usada como moeda de troca para ganhar voto nas eleições da Câmara dos Deputados e Senado para os candidatos governistas.

Da Redação com Pactu e Secom

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