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Polícia investiga ataques racistas a vereador de Engenheiro Beltrão compartilhados em aplicativo de mensagens

Segundo o vereador Luiz Tavares Rosa (MDB), ataques começaram depois que ele questionou a prefeitura por supostas irregularidades na contratação de pessoal.

Vereador de Engenheiro Beltrão registrou boletim de ocorrência após vários ataques na internet — Foto: Honório Silva/RPC

A Polícia Civil está investigando ataques racistas ao vereador Luiz Tavares Rosa (MDB), de Engenheiro Beltrão, compartilhados por um aplicativo de mensagens. O caso ganhou repercussão em reportagem veiculada na noite desta terça-feira (22) pela RPC.

Segundo o vereador, os ataques começaram depois que ele questionou a Prefeitura Municipal por supostas irregularidades na contratação de pessoal. De acordo com a polícia, os ataques racistas foram realizados em um grupo que reúne moradores e funcionários da administração municipal.

Veja algumas das frases ditas em áudio:

  • “Parece que é o Luizinho da Zefa, né? Não sei que que está fazendo barulho de novo. Cara, tinha que pegar esse preto aí e dar um jeito nele, entendeu?”

  • “Tem que cochar, tem que pegar esse nego. Vocês que estão sendo prejudicados. Tem que juntar essas 70 pessoas e ir na casa dele, onde tiver, mas dar um couro, quebrar ele. Largar ele quebrado pendurado na Santa Casa de Campo Mourão.”

Segundo o delegado Wagner Quintão dos Santos, a polícia conseguiu identificar treze autores suspeitos pela prática dos crimes de injúria, injúria racial, difamação, calúnia e possível incitação à prática de crimes.

“Esses treze personagens que já foram me passados pela vítima são pessoas conhecidas aqui da cidade. São cidadãos que compartilham grupos de redes sociais. Esses personagens serão, em breve, intimados para prestar informações e cada um responderá de acordo com sua conduta”, explicou o delegado.

O vereador está no quinto mandato em Engenheiro Beltrão. Ele contou como ficou chateado com todos os ataques. “Essa discriminação, de uma vez por todas, isso não pode acontecer no nosso Brasil de jeito nenhum. Isso não pode. É imperdoável”, disse.

Rosa relata que os insultos começaram depois que pediu informações ao Poder Executivo sobre um funcionário contratado como autônomo pela prefeitura, mas que também tinha uma empresa prestando serviços ao município, o que é ilegal.

O prefeito de Engenheiro Beltrão, Aldamir José Garbim Junior (PSL), informou que nunca incitou violência, preconceito ou ato de racismo. Afirmou também que condena e jamais vai compactuar com esses atos, e que as autoridades devem averiguar e tomar as medidas cabíveis. O chefe do executivo decidiu dispensar trabalhadores autônomos. Não é possível saber quantos foram dispensados. 

O advogado do vereador, Gustavo Ferreira Dias, disse que pedirá indenização de cada um dos agressores. “A internet não é mais terra de ninguém como antigamente. A legislação chegou ao mundo virtual e nós esperamos justiça, e vamos levar isso à Justiça para que julgue da maneira correta”, disse.

Com G1

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