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Curitiba volta a recomendar uso de máscaras faciais contra a Covid-19

Recomendação após alta do número de novos casos, de casos ativos e alta procura por atendimento no sistema de saúde.

Movimentação de pessoas usando máscaras no centro de Curitiba. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A Prefeitura Municipal de Curitiba voltou a recomendar, nesta sexta-feira (20), o uso de máscaras faciais para locais fechados ou em ambientes com aglomerações de pessoas.

A recomendação acontece por causa da alta do número de novos casos e de casos ativos de Covid-19 ao mesmo tempo em que o sistema de saúde enfrenta pressão pelo aumento do atendimento por outras doenças respiratórias.

A indicação do uso da máscara vale para transporte coletivo, terminais, estações-tubo, shows, jogos, shoppings, lojas, supermercados, entre outros. Permanece, ainda, a indicação já em vigor para uso desse equipamento de proteção em estabelecimentos de saúde e pelas pessoas com sintomas respiratórios (independentemente do local).

Em março, o Governo do Paraná publicou um novo decreto com medidas mais brandas de enfrentamento à Covid-19, após a revogação da lei estadual que obrigava o uso de máscaras em todos os espaços do estado.

Fluxo de Atendimento

Além da volta das máscaras, a Secretaria Municipal da Saúde determinou que todas as unidades de saúde passem a realizar o chamado atendimento em “Y”: um fluxo exclusivo para casos respiratórios e outro separado para as demais situações. O modelo foi amplamente usado durante a pandemia.

As unidades de saúde passam a atender apenas casos mais urgentes, suspendendo temporariamente o agendamento dos atendimentos aos pacientes crônicos, mantendo, porém, o acolhimento a gestantes e crianças, a realização de vacinação, dispensação de medicamentos e atendimento de odontologia.

Desta forma, desafoga as unidades de saúde para receber os casos moderados e deixa as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) apenas a quem apresentar sintomas mais graves, de urgência e emergência.

Cenário Epidemiológico

As novas recomendações vieram após a análise dos dados realizada semanalmente pelo Comitê de Técnica e Ética Médica do município. Na última semana epidemiológica avaliada (de 8 a 14 de maio), foram registrados na rede municipal de saúde 13.665 atendimentos por sintomas respiratórios em geral – 10% acima do teto da média histórica para esse período, que seria de no máximo de 12.427 atendimentos.

O painel da Covid-19 em Curitiba já registra também um aumento de 171% na média móvel de novos casos em relação há 14 dias, com 1.466 confirmações. A média móvel de casos ativos de covid-19 também registrou um aumento de 299% em relação ao período anterior, com 10.356 pessoas em fase de transmissão da doença.

A taxa de reprodução do vírus atualmente está em 1,42. Como está maior que 1, indica crescimento, pois, a cada 100 pessoas infectadas a transmissão pode ocorrer para outras 142.

A taxa de positividade dos testes de covid-19 também está em ascensão, com 29,7% em maio, contra 17,3% em abril.

“Quando retiramos a obrigatoriedade das máscaras, firmamos o compromisso de retornar o uso caso fosse necessário. E, neste momento, a avaliação do Comitê, considerando o cenário epidemiológico, é de que há essa necessidade, somada às demais medidas para equalizar a pressão que o sistema de saúde sofre com alta de casos de Covid-19 e de outras doenças respiratórias”, explica a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.

De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Alcides Oliveira, nos dois anos anteriores, havia a circulação quase que exclusiva do novo coronavírus. “Neste momento, além do coronavírus, outros vírus respiratórios voltaram a circular fortemente em concorrência”, explica.

Sublinhagem BA.2

Segundo Oliveira, o momento atual da pandemia da Covid-19 reflete, ainda a entrada da sublinhagem BA.2 da Ômicron, no município. A sublinhagem BA.2 já representa 86,7% do total de amostras no Paraná.

“Tivemos uma alta de casos grande de covid-19 no início do ano, por conta da Ômicron, BA.1. E agora, estamos vendo uma nova escalada, por conta da sublinhagem da Ômicron, a BA.2”, explica.

De acordo com Oliveira, a BA.2 tem característica de ser ainda mais transmissível, embora com menos possibilidades de agravamento dos casos. “Estudos apontam que cada pessoa contaminada por esta sublinhagem pode transmitir para até outras dez. Essa taxa só é menor que a do sarampo, cuja a transmissão ocorre para até dezoito pessoas”, diz.

O painel da Covid-19, inclusive, mostra estabilidade nos indicadores de gravidade da doença. A média móvel da última semana é de uma morte por dia – queda de 33,3% em relação ao período anterior.

Nesta sexta-feira (20), há 7 pacientes internados em leitos de UTI SUS Covid-19, uma ocupação de 47% do total de 15 leitos. Nos leitos de enfermaria SUS Covid-19, há 8 pacientes internados, uma ocupação de 32% do total dos 25 leitos. Em junho de 2021, Curitiba chegou a ter 548 leitos de UTI e 800 leitos clínicos SUS exclusivos para covid-19, com ocupação próxima do limite.

Segundo Oliveira, essa sublinhagem costuma trazer casos mais graves em situações em que o paciente não tem imunidade. “Seja por não ter se vacinado, ou seja por ter se vacinado, mas não ter conseguido gerar resposta imune, como pode acontecer com pessoas mais idosas ou que tenham doenças imunossupressoras”, explica.

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